Movimento rastafári
Se procura o líder etíope, Ras
Tafari, veja Hailê Selassiê.
Rastaman com Dreadlocks
O rastafarianismo,
também conhecido como movimento rastafári ou Rastafar-I (rastafarai)
é um movimento religioso que proclama Hailê Selassiê I,imperador da Etiópia,
como a representação terrena de Jah (Deus). Este termo advém de uma forma contraída de Jeová encontrada
no salmo 68:4 na versão da Bíblia do
Rei James, e faz parte da Trindade sagrada o messias prometido.
O termo rastafári tem sua origem em Ras ("príncipe" ou
"cabeça") Tafari ("da paz") Makonnen, o nome de
Hailê Selassiê antes de sua coroação.
O movimento surgiu na Jamaica entre
a classe trabalhadora e camponeses afro-descendentes em meados dos anos 20,
iniciado por uma interpretação da profecia bíblica em parte baseada pelo status
de Selassiê como o único monarca africano de
um país totalmente independente e seus títulos de Rei dos Reis, Senhor
dos Senhores e Leão Conquistador da Tribo de Judah, que
foram dados pela Igreja Ortodoxa Etíope.
Alguns historiadores, afirmam
que o movimento surgiu, e teve posteriormente adesão, por conta da exploração
que sofria o povo jamaicano, o que favorece o surgimento de ideias religiosas e
líderes messiânicos.
Outros fatores inerentes ao
seu crescimento incluem o uso sacramentado da maconha ou
"erva", aspirações políticas e afrocentristas,
incluindo ensinamentos do publicista e organizador jamaicano Marcus Garvey (também
freqüentemente considerado um profeta), o qual ajudou a inspirar a imagem de um
novo mundo com sua visão política e cultural.
O movimento é algumas vezes
chamado rastafarianismo, porém alguns rastas consideram este termo impróprio e
ofensivo, já que "ismo" é uma classificação dada pelo sistema
babilônico, o qual é combatido pelos rastas.
O movimento rastafári se
espalhou muito pelo mundo, principalmente por causa da imigração e
do interesse gerado pelo ritmo do reggae; mais
notavelmente pelo cantor e compositor de reggae jamaicano Bob Marley.
No ano 2.000 havia aproximadamente um milhão de seguidores do rastafarianismo
pelo mundo, algo difícil de ser comprovado devido à sua escolha de viver
longe da civilização. Por volta de 10% dos jamaicanos se identificam com os
rastafáris. Muitos rastafáris são vegetarianos,
ou comem apenas alguns tipos de carne, vivendo pelas leis alimentares do Levítico e
doDeuteronômio no Velho
Testamento.
O encorajamento de Marcus
Garvey aos negros para terem orgulho de si mesmos e da sua herança africana
inspiraram Rastas a abraçar todas as coisas africanas. Eles eram ensinados que
haviam sofrido uma lavagem cerebral para negar todas as coisas negras e
relativas à África, um exemplo é o porque que não se ensinava sobre a antiga
nação etíope, que derrotou os italianos duas vezes e foi a única nação livre na
África desde sempre. Eles mudaram sua própria imagem que era a que os brancos
faziam deles, como primitivos e saídos das selvas para um
desafiador movimento pela cultura africana que agora é considerada como roubada
deles, quando foram retirados da África por navios negreiros. Estar próximo da natureza e
da savana africana
e seusleões,
em espírito se não fisicamente, é primordial pelo conceito que eles têm da
cultura africana. Viver próximo e fazer parte da natureza são visto como
africano. Esta aproximação africana com a natureza é vista nos dreadlocks, ganja, e comida fresca,
e em todos os aspectos da vida rasta. Eles desdenham a aproximação da sociedade
moderna com o estilo de vida artificial e
excessivamente objetivo, renegando a subjetividade a
um papel sem qualquer importância.
Os rastas dizem que os
cientistas tentam descobrir como o mundo é por uma visão de fora, enquanto eles
encaram a vida, de dentro olhando para fora; e todo rasta tem de encontrar sua
própria verdade.
Outro importante identificador
do seu afrocentrismo é a identificação com as cores verde, dourado, e vermelho,
representantativas da bandeira da Etiópia. Elas são o símbolo do movimento rastafári,
e da lealdade dos rastas a Hailê Selassiê, à Etiópia e a África acima de
qualquer outra nação moderna onde eles possam viver. Estas cores são
freqüentemente vistas em roupas e decorações; o vermelho representaria o sangue
dos mártires,
o verde representaria a vegetação da África enquanto o dourado representaria a
riqueza e a prosperidade do continente africano.
Muitos rastafáris aprendem a língua amárica, que eles consideram ser sua
língua original, uma vez que esta é a língua de Hailê Selassiê, e para
identificá-los como etíopes; porém na prática eles continuam a falar sua língua
nativa, geralmente a versão do inglês conhecida
como patois jamaicano. Há músicas de reggae escritas
em amárico
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